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3 mitos sobre criptomoedas que você merece saber a verdade

Existem conversas que precisam acontecer para clarear o entendimento. Uma delas é sobre os mitos sobre criptomoedas que persistem no mercado. Distorções que prejudicam tanto investidores quanto o desenvolvimento real do setor.

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Estarei presente na Blockchain Conference Brasil 2025, em São Paulo, nos dias 28 e 29 de novembro, e esse é exatamente o tipo de conversa que importa nesse tipo de espaço. Enquanto isso, gostaria de abordar aqui três dos maiores mitos sobre criptomoedas na minha visão e o que a realidade dos dados nos mostra.

Estas próximas duas semanas serão dedicadas ao tema cripto aqui no blog, preparando o terreno para a Blockchain Conference Brasil.

Mito 1
Criptomoedas são apenas para atividades ilegais

Esse é talvez um dos mitos sobre criptomoedas mais nocivo. A associação entre Bitcoin e criminosos vem desde os primeiros dias, intensificada por casos como o Silk Road. Mas os dados dizem outra história.

Segundo análises da Chainalysis, empresa referência em análise de blockchain, apenas 0,34% de todas as transações de criptomoedas estão vinculadas a atividades ilícitas. Para colocar em perspectiva: quando você coloca R$ 10 mil em um banco, esse valor passa por controles ainda mais rigorosos do que a maioria das transações cripto.

O relatório de 2024 da Chainalysis mostra que, embora US$ 51 bilhões tenham sido movimentados em atividades criminosas, isso representa apenas uma fração do volume total. Comparando: o volume diário médio de transações cripto é de centenas de bilhões. A proporção é insignificante.

  • O grande paradoxo?
    A blockchain é imutável.
    Toda transação fica registrada para sempre. Criminosos têm bem mais facilidade em sistemas financeiros tradicionais — aqueles que usam dinheiro em espécie, transferências bancárias obscuras e estruturas de offshore. A blockchain, por ser transparente, é na verdade mais rastreável do que as finanças convencionais.

Portanto, já podemos concordar que atividades ilegais são mitos sobre criptomoedas? Ainda não te convenci? Então…

Você pode conferir dados completos sobre isso na análise do Investing.com sobre atividades ilícitas e no relatório de crimes cripto de 2024 da Inspect.

Mito 2
Criptomoedas são altamente voláteis e inúteis para investimento

Esse mito sobre criptomoedas parte de uma observação verdadeira — a volatilidade existe — mas chega a uma conclusão falsa.

Sim, Bitcoin oscila. Às vezes 10% em um dia. Mas volatilidade não é exclusiva de cripto. Ações de empresas pequenas, commodities, moedas emergentes — tudo isso oscila. O que torna Bitcoin especial?

Sua volatilidade diminuiu significativamente ao longo dos anos conforme a adoção institucional cresceu. Em 2011, Bitcoin podia variar 50% em uma semana. Em 2024, a volatilidade anualizada ficou entre 40-60% — comparável a ações de tecnologia de alto crescimento. Entende porque ela está, no meu ponto de vista, como um dos três dos maiores mitos sobre criptomoedas?

  • IMPORTANTE
    Instituições financeiras globais entraram no espaço cripto. BlackRockFidelity, bancos centrais — isso não acontece com instrumentos especulativos puros. Acontece com ativos que representam valor.

Os maiores patrimônios do mundo não fazem alocações multibilionárias em memes. Eles alocam em ativos com fundamentais. O Bitcoin passou por quatro ciclos de halving, consolidou-se como “ouro digital” com uma proposição de valor clara. Chamá-lo de especulação pura é ignorar a realidade do mercado.

Mito 3
Mineração de criptomoedas destrói o meio ambiente

Esse é um dos mitos sobre criptomoedas que merece um tratamento com nuances. A crítica tem um ponto de partida válido. O consumo de energia é real. Mas o contexto determina tudo.

A mineração de Bitcoin consome aproximadamente 173 terawatts-hora (TWh) anualmente, de acordo com dados da Planet Keeper. Sim, é muito. Representa 0,78% da demanda global de eletricidade — comparável ao consumo da Holanda.

Mas qual é a realidade por trás disso?

  • Primeiro
    54,5% da mineração de Bitcoin já usa energia renovável, de acordo com análise da CoinTelegraph. Eólica, solar, geotérmica, hidrelétrica. A indústria está migrando para sustentabilidade.
  • Segundo
    O Ethereum, segunda maior criptomoeda, fez a transição para Proof of Stake em 2022. Resultado? Consumo de energia caiu em 99,9%. De 47,6 TWh para praticamente nada. É o mesmo sistema, mas com mecânica mais eficiente.
  • Terceiro
    Comparar mineração de Bitcoin com o consumo de energia de sistemas financeiros tradicionais é esclarecedor. Bancos, câmaras de compensação, armários de servidores em centenas de cidades — tudo consumindo eletricidade. O Bitcoin concentra esse consumo em um protocolo único e aberto, tornando-o inclusive mais eficiente em escala.

Portanto, para mim:

Crítica válida? Sim.
Crise ambiental iminente? Não.
Solução evoluindo? Definitivamente.

Você pode se aprofundar nisso no artigo da Iberdrola sobre criptomoedas ecológicas e na análise da Revista Pesquisa FAPESP.

Onde os mitos sobre criptomoedas perdem a força?

Desmistificar os mitos sobre criptomoedas é um exercício contínuo. Dados mudam. Tecnologia evolui. Percepções precisam acompanhar realidade.

Participar de eventos como Blockchain Conference Brasil 2025 é exatamente o espaço onde esses mitos perdem a força e as verdades ganham profundidade em conversas diretas, painéis com grandes nomes do mundo cripto, palestras de especialista em finanças, DeFi e investimentos.

Se você está interesse em explorar esses temas com mais detalhes, os ingressos para a conferência ainda estão disponíveis no site oficial. Será um espaço para entender — realmente — onde o mercado cripto está.

Enquanto isso, o essencial é: mitos sobre criptomoedas persistem porque faltam dados convertidos em informações. Quando você olha os números e entende a realidade, as narrativas mudam.

Evento: Blockchain Conference Brasil 2025
Data: 28 e 29 de novembro de 2025
Local: Expo Center Norte – São Paulo/SP
Horário: 09h às 18h30

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